DIA 16: PROGRAMAÇÃO FIF-BH

ATIVIDADES DO FESTIVAL MOVIMENTAM DIVERSOS ESPAÇOS DE BELO HORIZONTE

Márcio Rodrigues, André Hauck e Eduardo de Jesus fizeram parte da programação do FIF-BH nesta terça-feira, dia 16

Leituras de portfólio, bate-papos com fotógrafos e palestra – as atividades do FIF-BH movimentaram diversos pontos da cidade nesta terça, 16 de julho. O dia começou cedo com a primeira etapa das leituras de portfólio. Já tradicional em festivais de fotografia, as leituras possibilitam que fotógrafos iniciantes e profissionais se conheçam e compartilhem experiências e referências.

Cerca de 20 fotógrafos se reuniram no Museu Mineiro para apresentar seus trabalhos para quatro orientadores: o artista plástico e fotógrafo, mestre em Arte e Tecnologia pela UFMG e professor do Instituto de Ciências da Arte da UFPA Alexandre Sequeira; a curadora Daniella Géo, brasileira radicada na Bélgica, PhD em Arte Contemporânea e Fotografia pela Université Sorbonne Nouvelle – Paris III, na França; a pesquisadora no campo da intermidialidade, fotógrafa e curadora no eixo Brasil/Alemanha Isabel Florêncio Pape; e o artista norte-americano e professor da University of Kansas (EUA) Daniel W. Coburn. Os encontros continuam no dia 17 de julho.

Bate-papo e café

Às 10 horas, o Espaço TIM UFMG Conhecimento recebeu Márcio Rodrigues para um café e um dedo de prosa. A carreira do fotógrafo, que transita entre a publicidade e a arte, foi o foco do bate-papo.

Há 20 anos, Márcio trabalha com campanhas publicitárias e aos poucos começou a experimentar recortes artísticos. Em 2009, foi premiado pela Fundação Conrado Wessel pelo projeto Sol no céu da nossa casa, no qual discute a chegada de energia elétrica em algumas regiões do Vale do Jequitinhonha.

À tarde, o artista André Hauck discutiu carreira e trabalho no CentoeQuatro. O mineiro, nascido em Belo Horizonte, é mestre em Artes e Tecnologia e graduado em Escultura pela Escola de Belas Artes da UFMG.

Comunicação e arte

No FIF-BH, a noite havia sido reservada para André Parente, que ministraria a palestra “Tecnologia e Visualidade”, mas, infelizmente, o artista visual, pesquisador e professor teve que cancelar sua participação na programação do festival. Eduardo de Jesus, crítico, ensaísta, membro-diretor da Associação Cultural Videobrasil e um dos curadores da exposição “Espaços Compartilhados da Imagem” foi convidado e, no horário das 19h30, ministrou a palestra “Em torno da comunicação e da arte na contemporaneidade”.

No café do CentoeQuatro, Eduardo de Jesus discutiu a chamada artemídia e suas possíveis fronteiras com a arte contemporânea. Para o crítico e ensaísta existe uma tentativa de delimitar o que seria a arte contemporânea e aquela arte ligada à tecnologia. Eduardo acredita, entretanto, que no regime tecnológico em que vivemos, em que a tecnologia está mais acessível e faz parte do nosso cotidiano, a arte não está mais ligada a um suporte. Mas sim, se relaciona e dialoga com diversos meios e técnicas. Para ele, a artemídia não pode ser colocada em um “gueto”, ela tem que estar em todo lugar.

Texto: Cobertura Colaborativa do FIF-BH 2013