DIA 14: PROGRAMAÇÃO FIF-BH

DOMINGO FOI DIA DE LANÇAMENTOS DE LIVROS NO FIF

Durante a tarde do dia 14, o CentoeQuatro recebeu cinco fotógrafos para um bate-papo sobre suas obras mais recentes

A primeira convidada foi a pernambucana Eliana Veloso, que lançou Sonho Branco. Por meio de relatos, poesias e 50 imagens em preto e branco, a obra traça a história do algodão, um produto que há séculos faz parte do nosso cotidiano. Para isso, Eliane Veloso viajou pelas plantações localizadas no Brasil, nos Estados Unidos e em Togo, no continente africano.

Logo em seguida, foi a vez do lançamento de Imagens Posteriores (2012) e Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea (2011), de Patrícia Gouvêia. Imagens Posteriores, sua obra mais recente, traz o resultado de dez anos de trabalho da fotógrafa. A pesquisa retratada na obra tem como suporte a paisagem e seus diversos ecossistemas. Membranas de Luz: os tempos na imagem contemporânea, por sua vez, foi fruto de investigação realizada no mestrado em Comunicação e Cultura na ECO/UFRJ. Na obra, lançada em 2011, Patrícia desconstrói as noções de tempo e seus múltiplos desdobramentos e experiências na fotografia.

Antonio Fatorelli foi o terceiro convidado do dia e apresentou o livro Fotografia Contemporânea – entre o cinema, o vídeo e as novas mídias. Em doze ensaios apresentados na obra, o pesquisador analisa a natureza da fotografia contemporânea e seu lugar no momento atual de expansão das fronteiras entre a fotografia, o cinema, o vídeo e as novas mídias.

Pedro David e Gilvan Barreto encerraram as atividades do dia com o lançamento de suas obras: Rota Raiz e Moscouzinho, respectivamente. Em seu trabalho, Pedro David retrata imagens que emergem de uma infância marcada pelas paisagens do nordeste de Minas Gerais. São, ao todo, 70 fotografias, desenhos e reproduções de objetos misteriosos, que se tornam um registro criado para guardar cenas pitorescas, porém transitórias do sertão mineiro.

Moscouzinho também transita entre o afeto e a memória. Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, cidade natal de Gilvan Barreto, recebeu o apelido de Moscouzinho por eleger nos anos 1940 o primeiro prefeito comunista do Brasil, em meados de 1940. Anos depois, Gilvan volta para recriar a cidade presente em sua memória. Por meio da criação de novas imagens a partir de álbuns de família e arquivos do DOPS, o artista cria fotografias que representam sonhos, pesadelos e memórias.

FIF-BH: terceiro dia

Na segunda-feira, dia 15, a programação do Festival é intensa. Quatro oficinas tem início: Construção de Poéticas, com Alexandre Romariz Sequeira; A Fotografia como Prática Artística Contemporânea, com João Castilho; Oficina Goma Arábica ou Goma Bicromatada, com David Magila; e Fotografia de Busca, com Pedro David.

A partir das 16 horas, no primeiro encontro do Circuito Café, Daniel Moreira, fotógrafo sócio-fundador do estúdio Mineral Image, conversa com o público no CentoeQuatro. Às 19h30, o historiador e doutor em Comunicação pela ECO/UFRJ, Mauricio Lissovscky ministra Palestra “Memória Fotografia Memória”.

Texto: Cobertura Colaborativa do FIF-BH 2013